Em quatro anos, Escola de Municipal de Música transformou a vida de mais de dois mil alunos altamirenses

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Ítalo André tem 19 anos e há 7 anos é aluno da Escola Municipal de Música, especificamente da Fanfarra Municipal, onde é bolsista. O universitário enche os olhos ao falar da Fanfarra, que é uma das paixões da vida dele.

“Eu sempre tive uma grande afinidade com a música desde os 10 anos. Comecei por instrumento de sopro, que era a flauta doce. E havia um projeto na minha escola que se chamava Mais Educação, e dentro desse projeto, ele havia fanfarra. E aí eu comecei a despertar o interesse por esse outro segmento, que era os elementos mais percussivos. E aí eu estou na fanfarra desde os 11 anos, comecei nesse projeto”, declarou Ítalo.

O jovem se destacou tanto que hoje já está sendo preparado para ser um maestro. E ele conduz com ‘maestria’ os ensaios da Fanfarra, que tem atualmente mais de 30 alunos, ente os quais, 20 são bolsistas, recebendo um valor mensal equivalente a 20% do salário mínimo. As bolsas que os alunos recebem são um incentivo da prefeitura, que instituiu esse aporte financeiro por meio de um projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores.

“A bolsa que a prefeitura disponibilizou para a gente foi de suma importância pelo fato mesmo de um cunho de incentivo para os alunos, principalmente para mim, que estava passando por um momento meio difícil em relação em condições financeiras, e aí chegou na minha vida e com certeza me incentivou muito mais a potencializar a fazer aquilo que eu amo,” concluiu Ítalo.

Pedro Castelo, diretor da Escola de Música de Altamira, destaca que a gestão “Mais Vida Mais Futuro” promoveu uma valorização significativa da música na escola, encerrando 2024 com 450 alunos matriculados. Nos últimos quatro anos, mais de dois mil estudantes concluíram cursos em variados instrumentos, como sopro, teclado, violão, bateria e os instrumentos de fanfarra. A escola chega ao fim deste ano com bolsas de incentivo para os alunos da fanfarra e mais 20 para os alunos da banda, que recebem 40% do salário mínimo.

“Eu comecei com 8 anos, aí eu fui pra flauta, né, aí depois fui pra outros instrumentos. Depois entrei pra banda, e aí eu tô desde os 13 anos na banda, e recebo a bolsa, ela me ajuda muito,” afirmou Luis Henrique Araújo, aluno da Escola de Música.

Além das bolsas de incentivo, a Escola de Música também recebeu novos instrumentos musicais, “Tinha instrumentos aqui que foram adquiridos em 1997, e nós conseguimos uma emenda de mais de 200 mil reais, onde nós renovamos todos os instrumentos de sopro da Escola de Música. E também teve a instituição da escola, onde a escola hoje tem nome, que se chama Flávio Jardilino Maciel, que foi o primeiro maestro”, explicou o diretor Pedro Castelo.

Ainda segundo Pedro Castelo, “dos 144 municípios que o Estado compõe, só existe quatro escolas de música. E nós, com muito sucesso, estamos inseridos nessas quatro escolas. E, por sinal, nós só perdemos no sentido de metodologia para a UFPA em Belém, pelo simples fato que lá são doutores e mestres que executam aulas. Mas, dessas quatro que nós temos no Estado, nós somos as melhores em todos os sentidos, tanto metodologia como estrutura.”

O Fernando Lopes da Silva, de 29 anos, conduz o instrumento de sopro na banda municipal. Ele ingressou na Escola de Música aos 15 anos, depois se afastou para projetos pessoais e agora retornou ao corpo da banda municipal.

“A música, essa parte aqui é maravilhosa, tem muita gente querendo aprender, conhecer, e a música alcança muitas pessoas quando é feita com amor, com prazer, isso é maravilhoso pra cada um. Pra mim é um orgulho fazer parte da Escola de Música”, destacou Fernando Lopes, aluno da banda municipal.

A Escola, ligada à Secretaria Municipal de Cultura, encerrará as atividades do ano em dezembro, coincidindo com as férias escolares, e a escola deverá retomar as aulas em 2025 sob a nova gestão municipal.

Por Christianne Oliveira –Ascom PMA

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