O chocolateiro Bruno Lasevicius veio de São Paulo ministrar a palestra sobre o chocolate ‘Bean to Bar’, uma fabricação que explora a variedade aromática da amêndoa do cacau. Ele faz parte de uma Associação Paulista chamada Bean to Bar Brasil, que investe em uma produção saudável e inovadora, com cerca de 60 pequenas e médias empresas, em todo país. No curso, o chocolateiro desafiou os participantes a reconhecer os sabores e aromas que podem haver no chocolate.
“A gente aprendeu a fazer com os americanos, eles que desenvolveram essa tecnologia de produzir com baixos custos. A gente teve que aprender de onde que vem o sabor, qual o sabor da qualidade, e agora a gente tem que educar tanto o chocolateiro, como o produtor de cacau,” explicou o Bruno.
Todos os auditórios do Centro de Eventos Vilmar Soares ficaram movimentados durante todo o dia, nos três dias de evento, com atividades e cursos, abraçando os turistas de outras regiões do país e também de regiões vizinhas, que vieram buscar conhecimento acerca do fruto do cacau e suas possibilidades na gastronomia. Um exemplo é a Raíssa, uma confeiteira e chocolatier de Boitucanga, literal norte de São Paulo, que descobriu o Festival do Chocolate por meio das redes sociais da prefeitura de Altamira.
“Eu fui pesquisando na internet e descobri a feira, pois eu já tinha ido ano passado na de São Paulo, e aí pesquisando eu descobri que o centro não era o sul da Bahia, e sim a região Transamazônica”, disse a chocolatier Raíssa de Matos.
Além de chocolateiros e agricultores familiares, o Festival também trouxe jornalistas de várias partes do país e palestrantes internacionais. Por todas as salas de palestras, chocolateiros da Transamazônica compartilharam suas experiências e motivaram o público dos cursos a sonhar e ousar na cultura cacaueira.
“Esse Festival do Chocolate Xingu é uma porta que se abre para essas oportunidades. Quem mais vai entrar nesse mercado? Já temos mais de 20 marcas na região, buscando esse mesmo objetivo, e as marcas abertas hoje vão transformar o Estado em uma outra realidade, pois sai de um pequeno produtor de cacau apenas, para grande produtor de chocolate de qualidade,” destacou Ademir Venturim, presidente da Cooperativa Cacauway, de Medicilândia.
Por dia, a Feira do Chocolate Xingu levou milhares de pessoas ao local do evento, superando a primeira edição do Festival, em 2022.
