A comunidade surda esteve presente hoje, sexta-feira (31/01), no Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI), para debater, com representantes da gestão municipal, sobre os desafios e as necessidades que enfrentam e as expectativas para os próximos anos.
“Os participantes da comunidade reúnem-se aqui no CCMI todas as sextas-feiras, com atividades inerentes a eles”, explicou Alessandra Feitosa, auxiliar na coordenadoria da Pessoa com Deficiência junto à Secretaria Municipal de Assistência e Promoção Social (SEMAPS).
Com o auxílio de uma intérprete de Libras, a autônoma Lorena Nascimento explicou que a falta de acessibilidade e inclusão está sendo uma das barreiras para realizar o sonho de fazer a graduação em Educação Física. “Está sendo muito difícil, tanto ingressar nas faculdades quanto para conseguir um emprego, mas tenho esperanças que isso possa melhorar”, disse.
A dona de casa Dhionaia Pereira, que está no sétimo mês de gravidez, encontra também dificuldades para seguir com o pré-natal e seus exames. “A falta de acessibilidade tem prejudicado quando preciso ir nos postos de saúde, onde não há um profissional intérprete de libras, para nos acompanhar. Mas acredito que isso vá ser resolvido, a partir deste ano”, confessou.
Atualmente, cerca de 40 altamirenses estão cadastrados no CCMI. O evento faz parte da programação organizada pelo órgão, que terminará com a programação “Praia Inclusiva”, sábado (01/02), das 8h às 12h, na Orla do Cais.
O encontro contou com a chefe da Divisão da Pessoa com Deficiência, da Secretaria Municipal de Assistência e Promoção Social (SEMAPS), Naira Gomes e com a vice-prefeita, Thais Nascimento.
Texto: Lívia Alfaia / Ascom PMA
Fotos: El-Elyon Machado / Ascom PMA