Secretaria Municipal de Educação realiza Roda de Conversa para debater sobre Neurodiversidade

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 A proposta da Roda de Conversa foi criar um diálogo entre rede de ensino e profissionais que atuam nas escolas para construir coletivamente projetos e ações de inclusão.

Diálogo como meio de conscientização, inclusão e mudança. Com essa proposta, a Prefeitura de Altamira, por meio da Secretaria de Educação, promoveu, na manhã da sexta-feira (16/06), a Roda de Conversa: precisamos falar sobre a Neurodiversidade. O público-alvo do encontro foram os professores auxiliares, os professores especializados das salas de recursos multifuncionais – AEE, os orientadores educacionais, os técnicos da SEMED e os familiares participantes da Associação TEAs do Xingu.

Marcia Priscila Saraiva de Mattos, chefe da Divisão de Educação Especial e Inclusiva (DEEI/SEMED), expressa que esse momento de encontro e diálogos tem o compromisso pela qualificação e aprimoramento, visando professores, coordenadores, equipe multidisciplinar, profissionais de apoio da educação especial, mães e familiares

“Precisamos compreender que as diferenças neurológicas são intrínsecas ao ser humano e a neurodiversidade está aí para nos provar que cada um tem sua identidade neurológica única e singular, só precisamos conhecer os caminhos de se alcançar mentes brilhantes através do nosso compromisso profissional, amor e empatia, e temos trabalhado neste intuito”, ressaltou.

Allana Trzeciak usou seu momento de fala e expôs que acima de qualquer formação, é Allana, mãe do José Camilo, Pessoa com Autismo.

“Eu tenho muito orgulho e me sinto privilegiada de ser mãe do José”, disse. Ela relatou a sua vivência e experiência como mãe de pessoa com autismo e de como é difícil presenciar a inclusão até mesmo nas brincadeiras. No entanto, mostrou-se forte para a luta: “falar sobre o autismo passou a ser uma necessidade social. Por isso, compreendemos que se não há informação, não há inclusão”, declarou.

Elder Limana, Pessoa com Autismo, pai atípico e apoiador da Associação TEA’s do Xingu, relatou que há um ano e meio obteve o diagnóstico por meio de laudo e que tem dois filhos autistas e uma em processo de investigação. “Somente após o diagnóstico eu consegui compreender coisas que aconteceram na minha infância, na minha adolescência e na minha vida adulta. Foi como se um mundo novo se abrisse diante dos meus olhos, eu passei a me conhecer e a me reconhecer”, disse ele.

A roda de conversa contou com a participação da secretária de Educação, Maria das Neves Morais de Azevedo. “Tivemos uma roda de conversa de muito aprendizado, lutas, vitórias e conscientização, sem citar toda a emoção presente no auditório. Foi um momento de troca de experiências e aprendizado sobre como incluir e respeitar as pessoas com autismo e demais deficiências em nossa sociedade. Vamos continuar lutando por mais inclusão”, explanou.

O intervalo do encontro foi agraciado pela apresentação da quadrilha com os alunos atendidos na APAE.

O encontro proporcionou um momento para ouvir e discutir ações e projetos pensando na qualidade e na  melhoria do ensino dos alunos da educação especial da rede. A ideia é que dessa conversa multidisciplinar e coletiva com todos os agentes envolvidos surjam iniciativas de inclusão que sejam colocadas em prática na rede municipal de ensino.

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